A Reflexão do Azul do Céu
- Manuel Rufo Valente

- 18 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
O céu estará azul e sem nuvens,
As árvores ainda crescerão,
O riacho continuará a fluir ao longo do vale,
Os pais ainda estarão orgulhosos dos filhos,
Felizes crianças que correm
E aproveitam o calor do parque.
As gargalhadas dos mais pequeninos
Acordam-me muitas vezes.
Não só quando adormeço deitado nesta toalha,
Mas também nos momentos mais incómodos,
Em que o azul do céu se reflete em mim.
Sinto uma paz e leveza em saber que,
Mesmo eu não estando aqui,
A natureza continuará a florescer
E os pequenos brotos de gente
Ainda mergulharão destemidos
Nas águas tépidas deste pequeno rio.
Este poema nasceu num momento de crise, onde a ideia de que "ninguém quer saber" não é errada nem cruel – é, na verdade, uma forma de sossego. Ninguém repara numa nódoa na tua t-shirt ou numa borbulha na tua cara. Quando deixares de estar aqui, a Terra continuará a girar em torno do Sol, a relva continuará a crescer no jardim e as árvores a dançar com o vento. Se aqui estás, aproveita – tens apenas uma vida para seres quem és e viveres plenamente.






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