Abraça-me a vitreosidade
- Manuel Rufo Valente

- 24 de mar.
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Atualizado: 31 de mar.
Abraça-me a vitreosidade
Quando passas por mim.
Sinto-me frágil,
Transparente,
Mas nunca mais
Que a água do mar.
Perco-me nela,
Como me imagino a perder em ti.
Perde-te, também.
Perde-te com força.
Perde-te com vontade.
Perde-te a imaginar a saudade.
Mas, encontra-te.
Encontra-te em mim.
E quando te encontrares,
Seja no brilho dos meus olhos,
Na ingenuidade do meu sorriso,
Ou na delicadeza dos meus gestos,
Sem pedir licença,
Fica.
Mesmo que por breves instantes.
Mesmo que o tempo nos leve.
Fica onde o sal não arde,
Mas nos cura.






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