Ainda há Esperança
- Manuel Rufo Valente

- 18 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Foste o único sempre presente,
A ver o meu acordar e adormecer,
A minha felicidade e melancolia,
Mas no que toca às minhas preces,
Nunca as ouviste.
Pedi-te várias vezes
Que fizesses a dor parar
E em momento algum me ajudaste,
Mas ainda não desisti.
Por isso, pára o que estás a fazer
E vem salvar-me.
Ainda há esperança.
Às vezes, penso que a minha dor é invisível aos olhos do mundo, um segredo que guardo só para ti. A cada manhã renasce em mim a esperança de que desta vez me ouvirás. Carrego comigo os dias pesados e as noites em que o silêncio é a única resposta que recebo. Mas, apesar de tudo, continuo a chamar, a esperar que o meu pedido finalmente resolva a distância entre nós. Talvez seja o medo de que ninguém me venha salvar que me mantém aqui, a resistir e a tentar provar a mim mesmo que sou passível de ser amado. Porque, no fundo, ainda há uma faísca de esperança a sussurrar que, um dia, virás, apaziguarás e completarás aquilo que eu sinto.






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