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Amei, Perdi-me e Morri Amando

  • Foto do escritor: Manuel Rufo Valente
    Manuel Rufo Valente
  • 24 de mar.
  • 1 min de leitura

Escrevi um poema de peito aberto,  

Deixei-me inteiro entre páginas 

Que continham as palavras do amor,

Que me fez e desfez, a desvanecer.  


Amei

Sem temer o vazio do depois.


Perdi-me

Nos espelhos que já não me reconhecem.  


E morri amando,

Porque amar é morte lenta,  

Um fogo que arde sem se ver,  

Um eco que existe  

Na falta de voz solene.  


Se um dia encontrares este poema,  

Saberás que nele morou um menino

Que foi amor,  

Que se fez ausência,  

Mas que nunca deixou de existir  

Nas palavras que te escreveu de inocência.


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