Lua Cheia
- Sul

- 18 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Observo-te entre as árvores.
Os ramos restringem-te,
mas vejo-te sempre.
A alma cheia antecipa o esvaziamento.
“Está para breve”, pressente.
Mas não te aflijas, meu amor.
Vais escurecer e comprimir-te,
e pensarás que é o fim.
É exatamente aí que voltarás a encher.
Aviso-te de que não será de imediato.
Mesmo assim, não desanimes!
Exigir celeridade ao Tempo é uma teimosia inútil.
Afinal, é no escuro onde maior é o teu brilho,
se quem te vê é suficientemente atento.






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