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O (des)conforto da Metamorfose

  • Foto do escritor: Mariana Ribeiro
    Mariana Ribeiro
  • 10 de mar.
  • 1 min de leitura

Enquanto os pombos voam,

Eu sou caçadora de olhares.


Dos felizes, dos vazios

Dos serenos, dos intensos

Encantados, mas perdidos.

Saudosos,

Contam o tempo em capicuas 

Para regressarem a casa

Daquela cidade 

De subidas e descidas

De cores, sons e gente.


Fazem origamis para se confortar

E desconfortam-se nas metamorfoses do papel.


E então, 

Reprimidos,

Libertam pássaros

Tentam  apanhar aviões

daqueles dos quantos-queres

que querem quanto não têm.


Fingem bater asas 

Da cor do céu,

Mas azul é papelão.


Se chove, 

Não resistem.

Param de voar.


O tempo apaga o medo.

Desenha estrelas em constelações.

Dou por mim e já não sou céu vazio

A ver os pombos voar.


Sou desejo cadente

A pulsar 

Na cidade que me caçou o coração

E tornou Invicta em Lar.


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