À Beira-Mar
- Manuel Rufo Valente

- 10 de mar.
- 1 min de leitura
Ligo o carro,
Cortando o Silêncio
E saio freneticamente,
Na esperança de encontrar
No meu destino
Aquilo que um dia perdi em mim.
Repito padrões que não são meus,
Ecos de vidas que não vivi.
Tentei ser mais, tentei ser melhor,
Mas este esforço desfaz-se em vazio,
Porque não sou aquilo
Que outrora esperaram de mim.
Pensamentos, marés violentas,
Tento abafá-los, encobri-los,
Mas a resposta nao está no silêncio,
Por isso vou para a beira-mar,
Onde o sal lava o peso,
Onde as ondas trazem paz
E na vastidão do horizonte
Talvez me encontre, enfim, capaz.






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